Mas pode um cristão ser verdadeiramente "carnal"? A palavra "carnal" vem de uma palavra grega que significa "mundano" ou "carnal". Por outras palavras, a carnalidade envolve mundanismo e uma cedência aos apetites carnais. Será que uma pessoa carnal é realmente cristã?

A resposta é mais difícil do que parece. A Primeira Epístola aos Coríntios foi escrita para os crentes, "santificados" e "chamados para serem o seu povo santo" (1 Coríntios 1:2 NVI). A descrição que Paulo faz deles como "carnais" significa obviamente que, sim, há alturas em que os cristãos agem de forma egoísta e mundana. Em vez de se elevarem ao objetivo da santidade de Deus, os coríntios estavam a voltar aos velhos hábitos.

Uma pessoa que afirma seguir Cristo e de forma consistente Quem age de forma incompatível com a sua fé, pode nunca ter sido verdadeiramente salvo. "Quem permanece nele não continua a pecar; quem continua a pecar não o viu nem o conheceu" (1 João 3:6). Aqueles cujas vidas contradizem continuamente os ensinamentos cristãos podem não ser verdadeiros seguidores de Cristo. Como Tiago disse: "Mostrar-te-ei a minha fé pelas minhas obras" (Tiago 2:18).

O objetivo de cada cristão é crescer na graça e no conhecimento do Senhor (2 Pedro 3:18). Isto inclui obedecer ao Senhor, porque aqueles que O amam obedecerão aos Seus mandamentos (João 14:15). A salvação é apenas pela graça de Deus através da fé apenas em Cristo (Efésios 2:8-9), mas os crentes foram separados para fazer boas obras (Efésios 2:10). A carnalidade num cristão opõe-se a tudo isto.

Um cristão carnal deve sentir a convicção de se conformar com o chamamento de Cristo para a sua vida (Romanos 12:1-2). Sabendo que está a desagradar ao Senhor, o cristão carnal deve arrepender-se do seu egoísmo e voltar a comprometer-se a seguir Cristo.

O antídoto para a carnalidade é viver momento a momento em comunhão e confiança no Espírito Santo de Deus: "Digo-vos, porém, que andeis pelo Espírito, e não satisfareis os desejos da carne" (Gálatas 5:16).

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