O apóstolo Pedro escapou às garras do rei Agripa I, sendo milagrosamente libertado da prisão (Actos 12:6-11). Mais tarde, Agripa I viajou para Cesareia onde, do seu trono, se dirigiu a uma multidão. O povo gritou: "Voz de um deus e não de um homem!" (Actos 12:22). Agripa, cheio de orgulho, aceitou os elogios e "imediatamente um anjo do Senhor o feriu, porque não deu a Deus oAssim morreu o perseguidor dos cristãos, "mas a palavra de Deus crescia e se multiplicava" (Actos 12,24).

Durante o reinado do rei Agripa II, o apóstolo Paulo estava a fazer uma viagem missionária. Os seus ensinamentos sobre Jesus Cristo e a salvação foram aceites por muitos, mas ele também reuniu bastantes inimigos. Quando os opositores à pregação de Paulo incitaram um motim em toda a cidade de Jerusalém (ver Actos 21:27-31), Paulo foi preso pelo comandante romano responsável pela cidade. Sem saber o que fazer com um cidadão romanoOs sacerdotes conspiraram para matar Paulo, mas o comandante romano soube da conspiração e mandou transferir Paulo em segurança para Cesareia (Actos 23:35). Aqui, os líderes judeus arranjaram um advogado chamado Tértulo (Actos 24:1) e acusaram Paulo perante o governador romano, Félix. Para apaziguar os judeus, FélixPaulo preso.

Depois de dois anos de prisão, Paulo foi apresentado a Festo, sucessor de Félix (Actos 24,27-25,1). Paulo apelou ao imperador e Festo acedeu, tencionando enviá-lo para Roma. Alguns dias mais tarde, o rei Agripa II e a sua irmã Berenice (com quem Agripa mantinha uma relação incestuosa) chegaram para uma visita. Festo contou ao rei Agripa o caso de Paulo, admitindo que não sabia comoAgripa ficou curioso e pediu para ouvir o que Paulo tinha para dizer (Actos 25,20).

No dia seguinte, Paulo foi levado perante Festo, Agripa, Berenice e outros oficiais reunidos na sala de audiências do palácio (Actos 25:23), onde Festo anunciou que precisava de acusações específicas contra Paulo antes de o enviar ao imperador Nero. O rei Agripa II deu a Paulo permissão para falar o que pensava (Actos 26:1). Paulo falou corajosamente, descrevendo a sua cidadania romana, reputação, história passada comoNo decurso do seu discurso, expôs claramente o Evangelho a todos os que estavam reunidos.

Quando Paulo mencionou a ressurreição de Cristo em Actos 26:23, o governador Festo interrompeu o seu discurso num estado de incredulidade, dizendo que a aprendizagem de Paulo o devia ter deixado louco (Actos 26:24). Mas Paulo dirigiu-se antes a Agripa, sabendo que Agripa tinha conhecimento do ministério de Jesus e das previsões dos profetas acerca d'Ele: "Porque o rei sabe estas coisas, e a ele falo com ousadia. Porque euEstou persuadido de que nada disto lhe passou despercebido, pois não foi feito num canto" (Actos 26:26). Paulo pressionou então o soberano sobre a questão da fé: "Rei Agripa, crês tu nos profetas? Eu sei que crês" (Actos 26:27). Mas o rei Agripa, provavelmente sabendo que tinha uma reputação a defender, respondeu: "Queres persuadir-me a ser cristão em pouco tempo?" (Actos 26:28).Paulo respondeu graciosamente com a oração para que toda a assembleia viesse a conhecer Cristo (Actos 26:29), e depois o rei Agripa, Berenice e o governador saíram da sala. Em conversa entre si, decidiram que Paulo era inocente e não precisava de ser preso. O rei Agripa II fez notar que, uma vez que Paulo tinha apelado a César, não podia ser libertado (Actos 26:32).

Mais tarde, Paulo foi transferido para Roma, onde foi colocado em prisão domiciliária, acabando por ser executado nesta cidade em 68 d.C., o último ano do reinado do imperador Nero.

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